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Leia nossa Carta de Princíos e fiqeu sabendo o que o Coletivo defende

Carta de Princípios do Coletivo Stonewall

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Carta de Princípios do Coletivo Stonewall



Curitiba, capital homofóbica. Apesar de toda a propaganda institucional que insiste em apresentar nossa cidade como um exemplo de inclusão, vivemos infelizmente numa sociedade das mais conservadoras de nosso pais. E pior qualquer mobilização ou pregação em contrário acaba se tornando "fútil" e infértil, uma vez que, na propaganda governamental, vivemos no "melhor possível dos mundos". É neste contexto que surge o Coletivo Stonewall, grupo independente de militância LGBT, que se propõe a articular ações de luta real junto a sociedade, combatendo a lesbofobia, homofobia, transfobia e o preconceito sexista em nível local e nacional.Os itens abaixo apresentados serão um guia resumido de nossa atuação como Coletivo:

1 -Movimento social só se faz pela Base. Por base, consideramos todos aqueles que se sentem vitimados pela violência lesbofóbica, homofóbica, transfóbica, machista ou sexista. Assim, consideramos igualmente valiosos os esforços e a participação honesta tanto de gays e lésbicas inclusos nas classes sociais mais altas, quanto de populações de alto risco social,como travestis e transexuais que são obrigadas(os) a sobreviver da prostituição, e inclui simpatizante que não pertençam ao segmento, mas desejem se somar conosco em nossa luta. Todas e todos serão bem-vindos, desde que se proponham a somar e militar conosco de forma responsável.

2 -Debater e dialogar sempre. Negociar quando possível. Enfrentar quando necessário. Para debater e negociar são necessários dois elementos: primeiro devemos reconhecer se a contraparte deseja ou tem interesse, em segundo analisarmos o que temos para colocar na "mesa de negociação". A nosso ver, o segmento LGBT não tem mais nada a oferecer como moeda-de-troca aos seus opositores a não ser seus direitos fundamentais, e estes são inegociáveis. Apresentaremos como opção ao chamado "advocacy", o enfrentamento real, utilizando de várias estratégias, de caráter direto, crítico, revindicatório e primando pela politização da base.

3 -Combater a profissionalização do movimento LGBT. O que faremos com os "militantes profissionais" quando a discriminação acabar em nosso país? Colocaremos a todos na rua? Não existe em nossa concepção, nenhum interesse do movimento institucionalizado em realmente conquistar avanços significativos para nosso segmento, uma vez que isto seria "péssimo para os negócios". A burocratização e a centralização governamental levam invariavelmente a criação de uma Industria da Discriminação. Assim, nosso Coletivo primará em continuar sendo sempre uma organização sem fins lucrativos e de caráter financeiro independente.

4 -Estimulo a democracia participativa . Ao contrário do discurso dominante, acreditamos que a participação do indivíduo no processo democrático se dá pela ação direta e não apenas pelo voto. O discurso "individualista" ocidental, ao pregar o "fim das ideologias" acaba por impor ao individuo a mais perversa delas: a idéia de que não cabe ao indivíduo e sim, paradoxalmente, ao Estado e às Instituições públicas e privadas a defesa dos direitos individuais, retirando do sujeito discriminado o seu direito mais importante, o seu protagonismo social. Assim, optamos por um modelo de miltância direta, no qual decidimos por votação, quando possível, as ações do coletivo, e quando não possível, concedendo autonomia e responsabilidades aos membros. Para nós, mais importante que um "frio voto" é a ação coletiva e individual, contanto que respeitando as directivas desta Carta de Princípios.

5- objetivo de todo movimento social é terminar. Nosso objetivo principal, conforme mencionado, é o de lutar pelos direitos da população LGBT a nível local e nacional, e não teremos mais razão de existir como movimento de base, quando tias objetivos forem alcançados. Quando não houver mais discriminação lesbofóbica, transfóbica, homofóbica ou sexista em nossa sociedade (e lutaremos para que seja o mais breve possível), o Coletivo deverá deixar de existir. Até lá, não descansaremos.

Portanto, nossas principais bandeiras serão:


1 – coletivo que discuta e encaminhe as lutas do movimento LGBTT

2 – coletivo que atue na base, fortalecendo o espaço e trazendo os ativistas para incorporar as discussões que o coletivo defende. Que as decisões sejam tomadas pela base do coletivo, pelas pessoas que o constroem.

3 – seja um coletivo independente do governo, de empresas, de grupos governistas que oprimem que reforçam a política de opressão.

4 – que tenha uma autonomia, sem financiamentos e patrocínios de setores ligados ao governo e as empresas.

5 – contra a mercantilização do movimento.

6 – unificar com setores que defendam as mesmas bandeiras e princípios do coletivo.

7 – contra os oligopólios da ongs.

Para o Coletivo Stonewall, mais importante que viver a diversidade, é viver a diversidade com responsabilidade, lutando como cidadãos conscientes e como protagonistas de nossa própria história, batalhando pela conquista e manutenção de nossos direitos

ILGA lança campanha pela retirada de trans do DSM

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

ILGA lança campanha pela retirada de trans do DSM
Campanha internacional pede o fim da classificação da transexualidade como doença



A ILGA (Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Intersexuais) iniciou essa semana uma campanha para acabar com a discriminação e estigmatização da população trans. O foco principal é a retirada da identidade trans do Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais (DMS), que é publicado anualmente pela Associação Americana de Psiquiatria, a mesma que considerava a homossexualidade uma doença.

A ideia da campanha é que na próxima edição do referido manual, que está previsto para 2012, deixe de considerar a transexualidade um transtorno mental, ou disforia de gênero. A chamada da campanha será "Parem com a patologização da transexualidade". Para ser mais fácil, seria algo do tipo: A transexualidade não é uma doença.

Além da reivindicação para que a transexualidade deixe de ser considerada doença, outras plataformas estão inclusas na campanha: a retirada da menção do sexo biiológico nos documentos; o fim dos tratamentos de normalização binária das pessoas intersex; o acesso livre aos tratamentos hormonais e as cirurgias de transgenitalização; fortalecer a luta contra a transfobia e propiciar a formação educativa e a inserção social das pessoas trans.

A cidade de Campinas (SP) está entre as localidades ao redor do mundo que participa da campanha. Além do interior de São Paulo, fazem parte da iniciativa: Barcelona, Madri, Bilbao, Donosti, Zaragoza, Granada, La Coruña (Espanha), Torino (Itália), Lisboa (Portugal), Paris, Lille, Marselha (França), Bruxelas (Bélgica), Quito (Equador) e Montreal (Canadá).

Está agendada uma manifestação mundial para o dia 12 de outubro.

Fonte:A Capa
http://www.acapa.com.br/site/noticia.asp?codigo=9068