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Revista "Tina" sugere personagem gay de Mauricio de Sousa

segunda-feira, 16 de novembro de 2009



Revista "Tina" sugere personagem gay de Mauricio de Sousa
(da Folha Online)

A 6ª edição da revista "Tina", da editora Panini, apresenta o primeiro personagem aparentemente gay das histórias de Mauricio de Sousa, criador da Turma da Mônica.

Caio, que é apresentado como melhor amigo de Tina na história de capa, assume ser "comprometido", indicando outro rapaz, o que causa estranhamento para os outros personagens.

A personagem Tina, originalmente hippie, nos anos de 1960, agora tem um amigo gay, em história da edição número seis de sua revista
A assessoria de Maurício de Sousa considera que é a primeira vez que o assunto é abordado nas histórias, cumprindo promessa do autor de discutir questões ligadas ao universo adolescente, "de forma tranquila e sem levantar bandeiras".

No entanto, para brindar a inclusão dele na história, há nela também um discurso de Tina contra preconceito em geral.

O assessor afirma que a história não pretendeu ser categórica no lançamento de um personagem gay. Ele levanta até a possibilidade de que ele seja bissexual, no entanto. Ele também assegura que a história e o personagem terá a devida continuidade e encaminhamento.

Tina, agora estudante de jornalismo, é uma personagem que foi criada nos anos de 1960, inicialmente com um visual hippie, e traços bem diferentes dos atuais.




UnB: Jovens tiram a roupa para repudiar machismo na universidade

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Jovens tiram a roupa para repudiar machismo na universidade
Grupo de 250 pessoas fez passeata até o Salão de Atos da Reitoria para apoiar a aluna Geisy Arruda, ameaçada no mês passado na Uniban
Daiane Souza - Da Secretaria de Comunicação da UnB


Grupo de 250 pessoas fez passeata até o Salão de Atos da Reitoria para apoiar a aluna Geisy Arruda, ameaçada no mês passado na Uniban
Daiane Souza - Da Secretaria de Comunicação da UnB



Às 14 horas desta quarta-feira cerca de 250 estudantes – alguns nus, outros vestidos apenas com roupas íntimas – chegaram à reitoria da Universidade de Brasília em protesto contra a atitude machista dos estudantes da Uniban de São Bernardo do Campo (SP) contra estudante Geisy Arruda. Os alunos estão no Salão de Atos da Reitoria para entregar ao reitor José Geraldo de Sousa Júnior um documento com reivindicações de políticas institucionais para a segurança da mulher na instituição.

O grupo considera o caso de Geisy absurdo e o comparam com situações de preconceito e machismo registrados na UnB. Um exemplo citado durante a manifestação foram os atos de violência sexual ocorridos na universidade, como o ataque a uma estudante de 18 anos, em abril deste ano.

“Todos os dias as mulheres e outras minorias sofrem agressões na universidade. São agressões verbais, falta de segurança e assédios por parte de professores e funcionários. Todas as minorias, aqui, estão vulneráveis e expostas”, diz Luana Gaudad, 20 anos, estudante de Serviço Social e militante do Klaus, grupo da causa GLBT da UnB.

O protesto foi convocado pelo CA de Sociologia, e rapidamente se espalhou por e-mail e pelo Orkut. "Acreditamos que o movimento estudantil, assim como o movimento social, não pode aceitar nenhuma forma de agressão, machismo ou preconceito", afirma Rodolfo Godoi, estudante de sociologia.

A carta aberta à comunidade, assinada por estudantes, professores(as) e servidores (as), diz que a agressão a Geisy Arruda "se sustenta nos valores discriminatórios que integram a sociedade capitalista que vivemos, onde as representações sociais da mulher se baseiam numa ótica de subserviência masculina".

A carta também reivindica políticas institucionais contra o machismo, criação de creches, um centro de referência da mulher e o levantamento dos registros de violência contra a mulher nos quatro campi (veja box).

O reitor da UnB, José Geraldo de Sousa Júnior, manifestou solidariedade aos termos da carta. "O que aconteceu em São Paulo foi um ato de instransigência, intolerância, e a comunidade não quer que isso se repita na UnB", disse. "A resposta social a esse episódio foi a melhor que poderíamos esperar de uma sociedade que quer respeitar os direitos da mulher e os direitos socialmente conquistados".

O reitor divulgou uma nota oficial da UnB, apoiando a carta dos estudantes (leia aqui). Essa nota será enviada ao Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (Crub), Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e Ministério da Educação.

Carta Aberta à Comunidade Acadêmica da Universidade de Brasília

Nós, estudantes, professores(as) e servidores(as) da UnB, viemos através dessa Carta manifestar nosso repúdio ao ato de violência machista e sexista, ocorrido no dia 22 de outubro na Universidade Bandeirantes (Uniban -SP), onde a estudante Geyse Arruda foi perseguida, agredida, ofendida e ameaçada de estupro por estar trajando um "vestido curto". As imagens divulgadas através da mídia e na internet, chocam pelo conteúdo agressivo e pelas manifestações de selvageria e barbárie cometidas por grande parte dos estudantes dauniversidade.Isso demonstra, como o machismo segue atuando de forma brutal no interior dasociedade.

Repudiamos também a direção da UNIBAN, que ao expulsar Geyse Arruda, comete da sua parte também um ato de violência, reproduzindo o machismo e a discriminação da qual a estudante foi vítima, atitude essa totalmente incompatível com uma instituição que deveria cumprir o papel de educar, e não de comercializar diplomas. Acreditamos que o espaço universitário deve ser local de construção de conhecimento que possa contribuir para a superação dos valores, vícios e práticasmachistas, e não de referendá-las.

A atitude de julgar a estudante a partir da roupa que trajava, se sustenta nos valores discriminatórios que integram a sociedade capitalista que vivemos,onde as representações sociais da mulher se baseiam numa ótica de subserviência masculina. Ao invés de culpabilizar a estudante pela roupa que usava, é preciso questionar o processo de mercantilização do corpo feminino, e a lógica patriarcal que define que as mulheres não podem decidir o que vestir, o que falar, o que fazer. Na raiz dessa manifestação bárbara ocorrida na UNIBAN, existem os mesmo valores machistas que levam milhares de mulheres a serem vítimas de estupros, violência física e mesmo assassinatos. A agressão contra Geyse é uma violência à todas as mulheres.

Exigimos que a Reitoria manifeste uma posição institucional sobre o caso ocorrido na UNIBAN denunciando a violência ocorrida contra Geyse Arruda bem como a punição aos agressores envolvidos no episódio, inclusive a Direção da UNIBAN.Entendemos que na UnB também são inúmeros os casos de alunas que sofrem com agressões machistas, inclusive sofrendo estupro no interior dos campi. Acreditamos que são necessárias políticas institucionais que coíbam atitudes machistas contra estudantes, garantindo a segurança das mulheres nos campi e políticas de assistência estudantil, como creches, viabilizando a permanência das estudantes na universidade.

Também reivindicamos UM Centro de Referência da Mulher e o levantamento dos dados de todos os casos de violência contra a mulher registrados nos 4 campi.Somente com políticas concretas e cotidianas poderemos avançar no combate ao machismo em nossas universidades.

Brasília, 11 de novembro de 2009.

70% dos brasileiros querem que preconceito contra homossexuais vire crime

quarta-feira, 4 de novembro de 2009


Pesquisa do DataSenado revelou que 70% dos entrevistados querem que a lei puna os atos de discriminação ou preconceito contra homossexuais. A elevada aprovação se repete em quase todos os segmentos da população, com pouca variação de acordo com região, sexo e idade, e em todos eles a maioria é favorável ao PLC 122/2006.

Os menores índices de concordância estão entre os moradores da Região Centro-Oeste (55%), pessoas que cursaram até a 4ª. série do ensino fundamental (55%) e pessoas com mais de 30 anos (67%).

Quanto à religião, para 54% dos evangélicos a discriminação dos homossexuais deve virar crime, enquanto 39% desse segmento defendem a rejeição do projeto. No universo de entrevistados católicos e de outras religiões, mais de 70% defendem a aprovação do projeto. 79% dos entrevistados que se declaram ateus querem a criminalização da homofobia.

Mudanças na CLT e no Código Penal

O PLC 122/2006 altera a Lei 7.716/99 que trata de crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. O projeto estende a punição à discriminação ou preconceito de gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero.

Também estão previstas alterações no Código Penal e na CLT. Se for aprovado, passa a ser crime, entre outras atitudes, impedir, recusar ou dificultar o acesso de pessoas a ambientes públicos ou privados por conta de sua opção sexual, assim como usar o mesmo argumento para impedir a contratação de pessoas ou sua promoção na carreira profissional.

Metodologia

Descrição: Pesquisa telefônica
Amostra: 1.120 pessoas
Universo: Maiores de 16 anos com acesso
a telefone fixo e residentes em capitais brasileiras
Período: 06 a 16 de junho de 2008
Plano Amostral: Amostragem estratificada
Ponderação: Sexo e município
Margem de erro: 3,0%, para mais ou para menos
Nível de confiança: 95%


Veja os dados completos da pesquisa (em formato .pdf)

FONTE: Senado Federal- SEPOP