:: Reuniões ::

:: Reuniões ::
Todas as 4ªs feiras a partir das 17:30 hrs, na sala 405 do Ed. D. Pedro II (Reitoria UFPR)

:: Eventos ::

:: Eventos ::
15/10= Cine-patio e debate sobre o filme Transamerica

:: Princípios ::

:: Princípios ::
Leia nossa Carta de Princíos e fiqeu sabendo o que o Coletivo defende

Moção de Repudio ao SEDUC do Estado de Rondônia

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Moção de Repudio ao SEDUC do Estado de Rondônia

O Coletivo Stonewall, grupo de militãncia LGBT formado por estudantes, professores da rede pública do Estado do Paraná e membros da sociedade civil, viemos a publico denunciar a execravel atitude do SEDUC de Roraima, ao permitir a exoneração da Profª Drª Victória Bacon. Entendemos o evento lastimável do afastamento da profissional, para razão assumidamente transfóbica, uma perigosíssima afronta aos direitos mais elementares do cidadão brasileiro, segundo consta na CF. Alémdisto, consideramos o ocorrido uma prova cabal da falência do discurso meritocrático, que infelizmente grassa em nossa sociedade e tem influenciado na política das ONGs. O fato de uma professora altamente qualificada, com mestrado e doutorado não ter acesso a uma vaga no mercado de trabalho põe em cheque a teoria de que "a especialização profissional é garantia de emprego", uma vez que a mesma fora afastada descaradamente unica e exclusivamente por ser transexual e desta forma "dar um mal exemplo aos alunos".

O infeliz episódio põe em risco um enorme contingente de profissionais da área da educação que, por pertencerem ao segmento LGBT sentem seu direito de acesso ao trabalho ameaçado.

Encaminhamos ao Governo Federal, assim como o MEC que tome providências no sentido de salvaguardar os direitos de todos estes profissionais, assim como exigimos medidas duras por parte da ABGLT e das ONGs em relação a este caso específico.

Coletivo Stonewall

blog: http://coletivostonewall.blogspot.com
Contato: coletivostonewall@gmail.com

****************************************
Segue a noticia para aqueles que ainda não estão devidamente informados:

Professora transexual que sofreu discriminação, é exonerada pelo Governo










Processo administrativo que apurou denúncias feitas por mim, como sempre ocorrem nestes Brasis, (manda quem tem poder, caneta e dinheiro), acabou levando a minha exoneração. Sem qualquer tipo de prova material a meu desfavor, a Corregedora
Geral de Administração Alzira dos Santos Bezerra acolheu as denúncias feitas contra mim e “apuradas” pela equipe da CGA e o secretário de administração recém chegado aquela pasta senhor Moacir Caetano de Sant´ana deu a palavra final confirmando a perseguição e e intolerância pela opção sexual. O que me estranhou neste processo foi sua rapidez e voracidade. Em menos de quatro (4) meses o que é normal com outros servidores apurados pela CGA (entre 1 a 3 anos) fui condenada a perder meu emprego conquistado por prova de seleção pública e títulos. Neste processo as pessoas ouvidas são as que eu tinha denunciado direta ou indiretamente. Como autora das denúncias não tive nenhuma pessoa envolvida como testemunha a meu favor e sequer no dia que fui ouvida pela equipe da CGA/SEAD tive o direito de me apresentar com advogado, pois fora me avisado quando lá estava. Levei pen drive com e-mails, mensagens e testemunhos de meu trabalho desenvolvido nestes cinco (5) anos de educação rondoniense e nada foi anexado ao mesmo. Os alunos envolvidos no processo foram os mesmos que tentaram me prejudicar quando lecionava nas escolas (Castelo Branco, Risoleta Neves e Carmela Dutra) os mesmos que faziam chacotas de mim ou não me aceitavam pela minha orientação sexual. As denúncias que fiz contra estes alunos e contra a postura da equipe gestora destas escolas teriam de estar nas atas das mesmas pois foram registradas mas sequer foram anexadas ao processo, estranho né?

Uma servidora da escola Risoleta Neves chamada Sheyla que desenvolve atividade como orientadora educacional chegou a dizer que lá trabalhei como educadora durante 2 anos. Uma afirmação tão errada que nesta escola permaneci 10 meses e a mesma que trabalha em 3 empregos na Prefeitura de Porto Velho, de Candeias do Jamari e no Governo de Rondônia não teria a moral ética para servir de testemunha contra mim. E quanto a esta servidora como consegue trabalhar em 3 empregos durante um único dia? E a legislação permite? E a sindicância da SEAD onde está nestes momentos?

Quando a SEDUC resolveu lotar-me na escola Carmela Dutra fui veemente humilhada pela diretora Iná de Aquino que resistiu a me receber na escola (a conversa está toda gravada em áudio de celular em 02/07) e mostra a reação da diretora que só me aceitou após a interferência da secretária de educação. Durante estes 5 meses na escola foi muito difícil para mim, tentar livrar-me de um trauma de uma outra escola que sofri fortemente preconceito da equipe gestora, mas tive nos alunos a grande parceria para fortalecer meus desejos e vontade de vencer esta batalha. Infelizmente não somos amados por todos, pois nem DEUS nosso Pai Criador conseguiu esta proeza.



Sinto-me feliz e realizada nestes meses de trabalho na instituição onde ganhei muitos amigos, realizei novas descobertas e passei a ver este mundo tão cruel com quem é diferente de outra maneira e forma.

Todas as situações de humilhação eu passei nas escolas das quais denunciei e na atual escola Carmela Dutra. Mas por orientação de um amigo passei a gravar as conversas que tinha com a diretora e a supervisora no celular. Entre essas conversas encontram-se nitidamente o desejo das mesmas em me ridicularizar, colocar os alunos contra mim e até mesmo criar situações constrangedoras que prefiro não relatar nesta Carta Aberta por ser incômoda e perplexa. Infelizmente a educação encontra-se padecendo por tipos de gestores sem sensibilidade e sem conhecimento de mundo e principalmente arcaicos no modo de pensar, agir e viver. E quanto à vice-diretora da escola Risoleta Neves que denunciei o que aconteceu com ela? Nada.E com o diretor Jéferson Sales da escola Castelo Branco? Nada e o que acontecerá com Iná Aquino da escola Carmela Dutra? Nada. São indicados pelo sistema podre de apadrinhamento político, este câncer que contamina o crescimento social e moral deste país. A velha e arcaica forma de comandar o poder e o Estado interfere no pilar mais importante da vida humana: a educação.



Onde esteve a SEDUC quando me lotou naquela escola? O julgamento foi feito, mas, e o acompanhamento para se saber onde está o problema? Eu sim posso ser o problema, mas a orientação e o bom relacionamento são necessários para que um
profissional da educação possa enxergar melhor a forma com que trabalha como precisa melhorar e de que forma melhorou. Tudo isto nunca fora feito pela SEDUC. E quanto ao preconceito por eu ser transexual todos afirmaram no processo que não existiu. Claro que existe e sempre existirá. Ninguém afirmará que não aceita alguém por sua orientação sexual, pois estará assinando seu atestado de culpa. Por acaso algum ser humano vai declarar num processo que não aceita uma pessoa por que ele é negro ou muçulmano? Evidente que não. Obviamente da mesma forma que nenhuma pessoa em pleno uso de suas faculdades mentais irá declarar que não aceita uma pessoa por sua orientação sexual. A hipocrisia da sociedade brasileira é tão grande ao ponto de hostilizarem uma heterossexual de ir vestida de uma forma que ela se sente bem na universidade (caso da Geysa da UNIBAN). Agora imaginem com uma transexual e ainda na função de professora?

Encaminhei ao senhor Governador do Estado, Ivo Cassol, relatório para que observe como chefe do executivo as barbaridades cometidas neste processo. Não vou calar-me irei a todos meios possíveis e impossíveis para valer meu direito de cidadã, de educadora e de ser humano.

Estas pessoas envolvidas no universo educacional sejam alunos, pais, professores e equipe gestora precisam mudar seus conceitos e passar a conhecer a identidade de gênero, a opção sexual e dar valor ao mérito e não as formas como se veste, se pensa, se fala ou qual opção sexual prefere seguir. Várias matérias jornalísticas colhidas por mim apresentam nitidamente pessoas transexuais que sofrem preconceito no trabalho e até mesmo professores transexuais que lutam pra garantir sua função. Os links estão no final desta Carta Aberta e gostaria que vocês lessem as reportagens, analisassem e refletissem melhor sobre tudo o que está acontecendo comigo. Eu continuarei em Rondônia, pois aqui escolhi para viver, para colher meus frutos e tentar ajudar no crescimento intelectual de uma Rondônia tão massacrada por índices negativos e tão amada pelos filhos que acolhe. Aqui, nesta cidade de Porto Velho conheci a felicidade e também a desgraça. A desgraça de encontrar pessoas hipócritas como estes diretores de escola, estes alunos preconceituosos guiados por seus pais intolerantes e que de má fé, permeiam a inveja por não aceitarem o que é diferente e se julgam donos do mundo e da razão. Agradeço a todos que compartilharam comigo este desabafo.
Não perdi esta batalha, venci mais um desafio nesta vida cruel.

Professora Victória Bacon

Transexual pode ser tudo aquilo que um heterossexual é.

Revista "Tina" sugere personagem gay de Mauricio de Sousa

segunda-feira, 16 de novembro de 2009



Revista "Tina" sugere personagem gay de Mauricio de Sousa
(da Folha Online)

A 6ª edição da revista "Tina", da editora Panini, apresenta o primeiro personagem aparentemente gay das histórias de Mauricio de Sousa, criador da Turma da Mônica.

Caio, que é apresentado como melhor amigo de Tina na história de capa, assume ser "comprometido", indicando outro rapaz, o que causa estranhamento para os outros personagens.

A personagem Tina, originalmente hippie, nos anos de 1960, agora tem um amigo gay, em história da edição número seis de sua revista
A assessoria de Maurício de Sousa considera que é a primeira vez que o assunto é abordado nas histórias, cumprindo promessa do autor de discutir questões ligadas ao universo adolescente, "de forma tranquila e sem levantar bandeiras".

No entanto, para brindar a inclusão dele na história, há nela também um discurso de Tina contra preconceito em geral.

O assessor afirma que a história não pretendeu ser categórica no lançamento de um personagem gay. Ele levanta até a possibilidade de que ele seja bissexual, no entanto. Ele também assegura que a história e o personagem terá a devida continuidade e encaminhamento.

Tina, agora estudante de jornalismo, é uma personagem que foi criada nos anos de 1960, inicialmente com um visual hippie, e traços bem diferentes dos atuais.




UnB: Jovens tiram a roupa para repudiar machismo na universidade

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Jovens tiram a roupa para repudiar machismo na universidade
Grupo de 250 pessoas fez passeata até o Salão de Atos da Reitoria para apoiar a aluna Geisy Arruda, ameaçada no mês passado na Uniban
Daiane Souza - Da Secretaria de Comunicação da UnB


Grupo de 250 pessoas fez passeata até o Salão de Atos da Reitoria para apoiar a aluna Geisy Arruda, ameaçada no mês passado na Uniban
Daiane Souza - Da Secretaria de Comunicação da UnB



Às 14 horas desta quarta-feira cerca de 250 estudantes – alguns nus, outros vestidos apenas com roupas íntimas – chegaram à reitoria da Universidade de Brasília em protesto contra a atitude machista dos estudantes da Uniban de São Bernardo do Campo (SP) contra estudante Geisy Arruda. Os alunos estão no Salão de Atos da Reitoria para entregar ao reitor José Geraldo de Sousa Júnior um documento com reivindicações de políticas institucionais para a segurança da mulher na instituição.

O grupo considera o caso de Geisy absurdo e o comparam com situações de preconceito e machismo registrados na UnB. Um exemplo citado durante a manifestação foram os atos de violência sexual ocorridos na universidade, como o ataque a uma estudante de 18 anos, em abril deste ano.

“Todos os dias as mulheres e outras minorias sofrem agressões na universidade. São agressões verbais, falta de segurança e assédios por parte de professores e funcionários. Todas as minorias, aqui, estão vulneráveis e expostas”, diz Luana Gaudad, 20 anos, estudante de Serviço Social e militante do Klaus, grupo da causa GLBT da UnB.

O protesto foi convocado pelo CA de Sociologia, e rapidamente se espalhou por e-mail e pelo Orkut. "Acreditamos que o movimento estudantil, assim como o movimento social, não pode aceitar nenhuma forma de agressão, machismo ou preconceito", afirma Rodolfo Godoi, estudante de sociologia.

A carta aberta à comunidade, assinada por estudantes, professores(as) e servidores (as), diz que a agressão a Geisy Arruda "se sustenta nos valores discriminatórios que integram a sociedade capitalista que vivemos, onde as representações sociais da mulher se baseiam numa ótica de subserviência masculina".

A carta também reivindica políticas institucionais contra o machismo, criação de creches, um centro de referência da mulher e o levantamento dos registros de violência contra a mulher nos quatro campi (veja box).

O reitor da UnB, José Geraldo de Sousa Júnior, manifestou solidariedade aos termos da carta. "O que aconteceu em São Paulo foi um ato de instransigência, intolerância, e a comunidade não quer que isso se repita na UnB", disse. "A resposta social a esse episódio foi a melhor que poderíamos esperar de uma sociedade que quer respeitar os direitos da mulher e os direitos socialmente conquistados".

O reitor divulgou uma nota oficial da UnB, apoiando a carta dos estudantes (leia aqui). Essa nota será enviada ao Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (Crub), Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e Ministério da Educação.

Carta Aberta à Comunidade Acadêmica da Universidade de Brasília

Nós, estudantes, professores(as) e servidores(as) da UnB, viemos através dessa Carta manifestar nosso repúdio ao ato de violência machista e sexista, ocorrido no dia 22 de outubro na Universidade Bandeirantes (Uniban -SP), onde a estudante Geyse Arruda foi perseguida, agredida, ofendida e ameaçada de estupro por estar trajando um "vestido curto". As imagens divulgadas através da mídia e na internet, chocam pelo conteúdo agressivo e pelas manifestações de selvageria e barbárie cometidas por grande parte dos estudantes dauniversidade.Isso demonstra, como o machismo segue atuando de forma brutal no interior dasociedade.

Repudiamos também a direção da UNIBAN, que ao expulsar Geyse Arruda, comete da sua parte também um ato de violência, reproduzindo o machismo e a discriminação da qual a estudante foi vítima, atitude essa totalmente incompatível com uma instituição que deveria cumprir o papel de educar, e não de comercializar diplomas. Acreditamos que o espaço universitário deve ser local de construção de conhecimento que possa contribuir para a superação dos valores, vícios e práticasmachistas, e não de referendá-las.

A atitude de julgar a estudante a partir da roupa que trajava, se sustenta nos valores discriminatórios que integram a sociedade capitalista que vivemos,onde as representações sociais da mulher se baseiam numa ótica de subserviência masculina. Ao invés de culpabilizar a estudante pela roupa que usava, é preciso questionar o processo de mercantilização do corpo feminino, e a lógica patriarcal que define que as mulheres não podem decidir o que vestir, o que falar, o que fazer. Na raiz dessa manifestação bárbara ocorrida na UNIBAN, existem os mesmo valores machistas que levam milhares de mulheres a serem vítimas de estupros, violência física e mesmo assassinatos. A agressão contra Geyse é uma violência à todas as mulheres.

Exigimos que a Reitoria manifeste uma posição institucional sobre o caso ocorrido na UNIBAN denunciando a violência ocorrida contra Geyse Arruda bem como a punição aos agressores envolvidos no episódio, inclusive a Direção da UNIBAN.Entendemos que na UnB também são inúmeros os casos de alunas que sofrem com agressões machistas, inclusive sofrendo estupro no interior dos campi. Acreditamos que são necessárias políticas institucionais que coíbam atitudes machistas contra estudantes, garantindo a segurança das mulheres nos campi e políticas de assistência estudantil, como creches, viabilizando a permanência das estudantes na universidade.

Também reivindicamos UM Centro de Referência da Mulher e o levantamento dos dados de todos os casos de violência contra a mulher registrados nos 4 campi.Somente com políticas concretas e cotidianas poderemos avançar no combate ao machismo em nossas universidades.

Brasília, 11 de novembro de 2009.

70% dos brasileiros querem que preconceito contra homossexuais vire crime

quarta-feira, 4 de novembro de 2009


Pesquisa do DataSenado revelou que 70% dos entrevistados querem que a lei puna os atos de discriminação ou preconceito contra homossexuais. A elevada aprovação se repete em quase todos os segmentos da população, com pouca variação de acordo com região, sexo e idade, e em todos eles a maioria é favorável ao PLC 122/2006.

Os menores índices de concordância estão entre os moradores da Região Centro-Oeste (55%), pessoas que cursaram até a 4ª. série do ensino fundamental (55%) e pessoas com mais de 30 anos (67%).

Quanto à religião, para 54% dos evangélicos a discriminação dos homossexuais deve virar crime, enquanto 39% desse segmento defendem a rejeição do projeto. No universo de entrevistados católicos e de outras religiões, mais de 70% defendem a aprovação do projeto. 79% dos entrevistados que se declaram ateus querem a criminalização da homofobia.

Mudanças na CLT e no Código Penal

O PLC 122/2006 altera a Lei 7.716/99 que trata de crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. O projeto estende a punição à discriminação ou preconceito de gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero.

Também estão previstas alterações no Código Penal e na CLT. Se for aprovado, passa a ser crime, entre outras atitudes, impedir, recusar ou dificultar o acesso de pessoas a ambientes públicos ou privados por conta de sua opção sexual, assim como usar o mesmo argumento para impedir a contratação de pessoas ou sua promoção na carreira profissional.

Metodologia

Descrição: Pesquisa telefônica
Amostra: 1.120 pessoas
Universo: Maiores de 16 anos com acesso
a telefone fixo e residentes em capitais brasileiras
Período: 06 a 16 de junho de 2008
Plano Amostral: Amostragem estratificada
Ponderação: Sexo e município
Margem de erro: 3,0%, para mais ou para menos
Nível de confiança: 95%


Veja os dados completos da pesquisa (em formato .pdf)

FONTE: Senado Federal- SEPOP

Humor: conservadores dos EUA lançam campanha contra o casamento gay. Simpatizantes parodiam.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Filme feito por conservadores nos EUA, da National organization for Marriage, demonstra o perigo que o casamento entre homossexuais representa para a sociedade americana:



Gostou do video? Achou absurdo? Engraçado?

Agora veja a paródia muito bem sacada:


Para ABGLT, governador homofóbico é "aliado".

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Saiu no G1:


Requião relaciona câncer de mama em homens a 'passeatas gay'



Governador do Paraná deu declaração em programa do governo na TV.
Assessoria do governo disse que, por enquanto, não comentará episódio.

O governador do
Paraná, Roberto Requião (PMDB), disse no programa "Escola de Governo", veiculado
pela TV Educativa do Paraná, que o câncer de mama em homens deve ser
"consequência de passeatas gay".

A assessoria do governo do Paraná disse ao G1 que, por enquanto, não comentará as declarações do governador.

Requião deu a declaração ao convidar para falar o secretário da Saúde do estado,
Gilberto Martin, que anunciaria ações para o controle de câncer.

"A ação do governo não é só em defesa do interesse público, é [em defesa] da saúde da mulher também. Embora hoje câncer de mama seja uma doença masculina também, né? Deve ser consequência dessas passeatas gay", disse Requião, ao convidar o secretário ao palco.

O secretário afirmou que o câncer de mama não é um problema só da mulher. "Em menor incidência, em menor número de casos, também atinge o homem. O homem também tem que tomar cuidados em relação ao câncer de mama. Então, bem lembrado pelo governador essa preocupação", afirmou Martin.

A Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), com sede em Curitiba, pediu nesta terça uma audiência com Requião para discutir o andamento da implementação das propostas aprovadas pela 1ª Conferência Estadual LGBT, realizada em 2008. “Afinal, consideramos o senhor um aliado. Estamos juntos contra todas as doenças, inclusive o câncer de próstata”, diz o pedido assinado pelo presidente da associação, Toni Reis.


"

FONTE: http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL1356762-5601,00-REQUIAO+RELACIONA+CANCER+DE+MAMA+EM+HOMENS+A+PASSEATAS+GAY.html


Considerações:


1) O Sr Governador tb poderia estar junto com a ABGLT na luta contra a homofobia, que tal?


2) O Sr. Secretário de Saude, Gilberto Martin, provavelmente ao tentar "salvar" o seu chefe acabou por apresentar uma gafe ainda maior: o câncer de mama não é problema entre "homens" e , sim, entre travestis e transexuais que se utilizam de próteses e aplicação de silicone industrial. Mas isso a ABGLT parece ter se esquecido de ensinar ao ilustre secretário.


3) Enquanto isso, o processo transexualizador não está sendo garantido pelo Estado do Paraná, e não temos sequer um centro de Referencia como existe em São Paulo.


4)Esta "jóia rara", merece lugar de destaque em nossa galeria de "pérolas".

17/10/09- Ato mundial pela despatologização da Transexualidade. Veja os lugares onde haverá ato publico:

terça-feira, 13 de outubro de 2009



Mais informações: http://stp2012.wordpress.com/

Alicante (Estado Español), Ankara (Turquía) , Archena (Estado Español), Barcelona (Països Catalans), Berlín (Alemania), Bilbao (Euskal Herria), Bogotá (Colombia), Bruselas (Bélgica), Buenos Aires (Argentina), Campinas (Brasil), Caracas (Venezuela), Ciudad de México (México), Corunha (Galiza), Donosti (Euskal Herria), Gasteiz (Euskal Herria), Granada(Estado Español), Jerusalem (Israel), Hong-Kong (China), Jaén (Estado Español) Las Palmas de Gran Canaria (Estado Español), Lille (Francia), Lima (Perú), Lisboa (Portugal), Londres (Reino Unido), Madrid (Estado Español), Managua (Nicaragua),Montpellier (France), Montreal (Quebec), Paris (France), Quito (Ecuador), Sevilla (Estado Español), San Francisco (California), Santiago de Cali (Colombia), Santiago de Chile (Chile), Santiago de Compostela(Galiza),Sao Paulo (Brasil), Valencia (País Valencià), Zaragoza(Estado Español).

EUA inclui agressão a gay a lista de crimes hediondos

sexta-feira, 9 de outubro de 2009


Dias antes da realização da marcha de gays, lésbicas e transexuais que promete levar cerca de 500 mil manifestantes para as ruas de Washington, a Câmara dos Representantes dos EUA decidiu ampliar a lei contra crimes hediondos incluindo a violência em função de orientação sexual na lista dos mais graves crimes do país, mostra reportagem de Gilberto Scofield Jr. publicada na edição desta sexta-feira do jornal O Globo.

A proposta - uma reivindicação de movimentos de apoio a gays e lésbicas nos EUA há pelo menos 10 anos - precisa ainda ser aprovada no Senado para virar lei efetiva, mas esta vitória, segundo os analistas, é tida como certa.

A lei de crimes hediondos dos EUA foi criada em 1968, após o assassinato do líder negro Martin Luther King Jr., e aos poucos foi ampliada para incluir os crimes motivadas por, além de raça, cor (etnia), credo religioso e nacionalidade. A proposta inclui os crimes motivados por gênero, orientação sexual, identidade sexual e deficiências.

Pelo menos 45 estados americanos possuem leis específicas sobre crimes de ódio, mas com a aprovação da nova proposta, procuradores federais dos EUA podem pela primeira vez intervir em casos de violência contra homossexuais no país, caso os tribunais estaduais não cumpram com suas tarefas de processar devidamente acusados.

FONTE:http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/10/08/camara-dos-representantes-dos-eua-inclui-agressao-gay-lista-de-crimes-hediondos-767976469.asp

15/10 na Reitoria UFPR: Cine Patio e debate sobre o filme Transamérica

quinta-feira, 8 de outubro de 2009


Por ocasião da Campanha Mundial pela Despatologização da Transexualidade, o Coletivo Stonewall estará promovendo, no proximo dia 15 de outubro (quinta-feira), a apresentação do filme Transamérica, estrelado pela atriz Felicity Huffman, no papel da transexual "Bree". Trata-se, além de um importante debate da realização de um ato político, pois estaremos apresentando uma obra sobre um tema considerado "tabu", no pátio de uma universidade conhecida por ser uma das mais conservadoras das instituições de ensino superior.

Sinopse:Bree (Felicity Huffman) é uma transsexual que, antes de mudar de sexo, fez um filho. O garoto, Toby (Kevin Zegers), é agora um adolescente que sonha encontrar o pai que nunca conheceu. Os dois se reencontram - sem que ele saiba sobre a identidade verdadeira de Bree - e partem, juntos, numa viagem de carro a Los Angeles.

Gênero: Comédia Dramática
Tempo: 103 min.
Lançamento: 2005
Lançamento DVD: Out de 2006
Classificação: 14 anos
Distribuidora: Focus Filmes

Contamos com sua presença!!!

Irina Bacci: "Da Escravidão à ditadura dos corpos"

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Da Escravidão à ditadura dos corpos
(Por Irina Bacci)

Extraido de: http://flordoasfalto.blog.uol.com.br/





O passado, presente e quiçá, o futuro no Brasil parece ser permeado pelas mesmas vivências e infelizmente, comuns, violações dos direitos humanos. Da escravidão aos dias da atual democracia brasileira, observamos que nossa história está repleta de episódios onde somente os atores são trocados. Desde a chegada dos colonizadores no país, a violação dos direitos humanos, ainda que não entendida naquele contexto desta forma, pois o conceito de direitos humanos surgiu com a revolução francesa, é fato na sociedade, como parte integrante da herança colonial, escravocrata, machista, racista e discriminatória. Podemos comparar diversos episódios históricos do país com os dias de hoje e quem há de dizer que não há similaridade? Ou ainda, quem há de ter coragem em assumir que realmente a escravidão e a ditadura acabaram?

Podemos começar com recentes episódios como a ditadura e ainda que ela tenha acabado, será mesmo que estamos livres de direito e de fato? Será que vivemos realmente em uma democracia? Será que vivemos em uma sociedade realmente segura e justa? Numa sociedade tão desigual, onde viver a cidadania plena é privilégio de tão poucos, com certeza nos aponta uma sociedade onde o conceito de democracia é equivocado e nos enganamos em pensar que realmente temos a liberdade de ir e vir. Hoje a ditadura, obviamente, não é prática e tão pouco é o regime político brasileiro, mas subjetivamente, as práticas e conseqüências da ditadura ainda permeiam as cabeças e ações da nossa sociedade excludente, machista, racista e homofóbica.

O genocídio da juventude, sobretudo a negra, o assassinato impune das mulheres e a homofobia sanguinária são exemplos de que as conseqüências e marcas da ditadura, ainda exterminam seus filhos e filhas. A cidadania plena de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais continua sendo roubada caracterizando um processo de tortura a essas cidadãs e cidadãos de direito que não podem viver plenamente numa sociedade que não aceita e tão pouco respeita o livre direito ao amor, ao corpo e a felicidade. A esses filhos e filhas, o Estado Brasileiro prefere, ainda que com algumas ações, mantê-los na condição de cidadãs e cidadãos de segunda categoria e isto, não seria tortura? Negar-lhes o direito pleno e incondicional de serem livres, não é remontar as bases da ditadura?

Talvez nos dias hoje, não possamos afirmar que vivemos em uma sociedade escravista, mas será que a vivência da singularidade de nossos corpos não nos leva a uma forma de escravidão? Será que a sensação do escravo negro ao receber a liberdade pela Lei dos Sexagenários não é a mesma sensação da transexual ao conseguir adequar seu corpo na adultez? Fico imaginando o que se passou pela cabeça desses escravos ao saber que estavam livres com 60 anos de idade e o que fariam com a sua liberdade quando velhos?
Não será igual ao que passa na cabeça de uma transexual que consegue (quando consegue) sua cirurgia de readequação após perder sua adolescência, juventude e boa parte da fase adulta? O que essas pessoas farão com suas novas identidades sem tê-las vividos quando jovens? Será que o Estado Brasileiro não as está aprisionando-as, escravizando-as em seus corpos não desejados? E ainda pensando na história, mesmo que consideremos avanço, será que o processo transexualizador do SUS, não seja tão somente uma alforria para poucos? As que têm dinheiro para comprar sua liberdade? E ou as que têm sorte de serem laudadas como transexuais pelo saber médico? Não será tal como se submeter à vontade do senhor branco em alforriar seu escravo? Será mesmo que é o saber médico que nomeia a transexualidade?

E indo mais além, se considerarmos as travestis, talvez possamos compará-las com aqueles escravos considerados rebeldes e indisciplinados pelos senhores brancos, afinal como eles, elas também não se submetem à ordem social, pelo simples fato de não seguirem a normativa dos corpos e são, por natureza, subversivas, pois rompem os padrões de gênero e a lógica dos corpos binários, masculinos ou femininos e a elas, só restam a lei Áurea. Por fim, só espero que este dia não chegue tão tarde como chegou aos negros, pois senão os senhores brancos, irão se queixar das políticas afirmativas dizendo que suas gerações não tem culpa da escravidão e da ditadura dos corpos!

Irina Bacci , formada em fisioterapia e especialista em administração de sistemas de saúde, é feminista, integra o Coletivo de Feministas Lébicas e é coordenadora do Centro de Referência da Diversidade

ANEL: Moçoes de repúdio

quinta-feira, 17 de setembro de 2009


O Coletivo Stonewall esteve presente a reunião da ANEL (Assembleia Nacional dos Estudantes Livres) que ocorreu em São Paulo nos ultimos dias 12 e 13 e onde foram apresentadas as seguintes moções, sendo as 2 ultimas encaminhadas pelo nosso Coletivo:
(...)
8) Moção de repúdio à Psicóloga que dizia curar a homossexualidade

A Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre repudia a psicóloga que ofereceu seu trabalho para “curar” a homossexualidade de possíveis pacientes. Entendemos essa postura extremamente homofóbica, que entende a homossexualidade como doença.

Essa postura é uma expressão muito agressiva das recorrentes relações homofóbicas que ocorrem nossa sociedade. Apesar de a mídia absorver essa discussão através de personagens em novelas, sabemos que isso só serve para criação e manutenção de estereótipos que refletem o preconceito, assim como acontece na opinião distorcida que a mídia impõe sobre a atuação dos movimentos sociais.

(...)

13) Moção de repúdio à postura homofóbica dos hemocentros
Os homocentros não aceitam a doação de sangue de homossexuais que são considerados grupos de risco na transmissão de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DTS’s e AIDS). Repudiamos essa postura e exigimos a imediata liberação da doação de sangue por homossexuais (GLBT).
(...)
16) Moção de repúdio ao preconceito do SEDUC de Rondônia

Nós, estudantes reunidos em Assembleia da ANEL (Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre) repudiamos e denunciamos a mobilidade e a conivência por parte do SEDUC de Rondônia ao impedir, por motivação assumidamente transfóbica, o acesso da Professora Victória Bacon, profissional altamente qualificada e concursada ao cargo de professora.

(...)

18) Moção de repúdio à postura homofóbica do Estado do Paraná

Nós estudantes reunidos na Assembleia da ANEL repudiamos a morosidade e o desinteresse por parte da segurança pública do Estado do Paraná e por parte do Secretário Sr. Luis Fernando Dalazari, em averiguar denuncias de crimes homofóbicos, incluindo a agressão a um estudante da UFPR e o assassinato de pelo menos 8 travestis nos últimos 5 meses.


NOTA: Quem desejar ter acesso ao texto completo dos encaminhamento, favor enviar e-mail para: http://www.blogger.com/coletivostonewall@hotmail.com

Artigo: Uma escola sem homofobia

sexta-feira, 4 de setembro de 2009


Um artigo recentemente publicado no site Pagina 20, por um estudante de ciência sociais e que demonstra a importância de uma educação inclusiva:


Uma escola sem homofobia
Germano Marino * (04-Set-2009)



Em 10 de dezembro de 1948 foi assinada a Declaração Universal dos Direitos
Humanos, estabelecendo, fundamentalmente, o direito à igualdade entre os seres
humanos. Ela foi uma resposta às atrocidades cometidas durante a Segunda Guerra
(1938-1945). Transformou-se no documento mais traduzido do mundo e seu conteúdo
serviu como base para constituições e leis de mais de 90 países – ainda que
esteja disponível em apenas 350 idiomas.

No Brasil, a Carta embasou a Constituição de 1988 e passou a ser
internalizada de alguma forma pelos brasileiros, tornando-se o país num Estado
Laico. Uma parcela significativa da população brasileira enxerga os princípios
dos direitos humanos, apenas como uma política para proteger bandidos,
assassinos, estupradores, terroristas, enfim, causando uma grande repulsa da
população aos princípios da declaração, que preza tão somente pela igualdade
entre os seres. Para provar, podemos chegar a qualquer esquina de qualquer
cidade, é perguntar o que aquela pessoa entende por direitos humanos, logo
teremos uma clareza dos fatos, que por falta de conhecimento, a ignorância causa
um enorme buraco negro na luta de milhares de pessoas na conquista de cidadania
a índios, negros, deficientes, homossexuais, religiosos, crianças, idosos,
mulheres, direitos a qualquer ser humano que precisa ser respeitado na sua
diferença. As pessoas não querem enxergar que ninguém pede para nascer
assassino, delinqüente, usuário de drogas, mas que tudo isso pode ser fruto do
meio social, ocasionado como diz Durkheim, pelo fato social, que expressa à
coerção que o meio exerce sobre os “indivíduos perfeitamente inofensivos na
maior parte do tempo”.

Ao contrário de Émile Durkheim, o homem está inserido em relações
contraditórias presentes na conflituosa sociedade – segundo Karl Marx. Os
conflitos que permeiam a sociedade resultam do processo de produção onde aqueles
que detêm os meios de produção se impõem através da ideologia. Não esqueçamos
que as ideologias são pertinentes a qualquer sociedade, a qualquer espaço de
tempo é história. Umas mais avançadas outras mais rústicas, assim caminhamos
desde a existência da humanidade, em que convivemos sempre com as contradições;
mas não podemos fazer dessas contradições novos campos de guerra.Um dia na
campanha, andando distribuindo santinhos da minha candidatura a vereador pela
cidade de Rio Branco, entrei num ateliê de costura no bairro Santa Inês pedindo
voto para as pessoas que estavam dentro do estabelecimento, quando de repente
uma senhora grita alto: “eu não voto em gay!”, nossa! Tomei um grande susto, se
eu fosse uma pessoa esquentada, teria brigado com aquela senhora, me senti
profundamente agredido naquele momento, parei, respirei, disse que ela estava no
seu direito de votar ou não em um candidato gay, como também eu estava no meu
direito de ser candidato. Sai do recinto como se eu não estivesse pisando no
chão, gelado, nervoso. Depois de muitos anos lutando pela conquista de direitos
civis a população de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais do Acre
e Brasil, ainda me deparava com situações como aquela. Ela disse que não votava
em gay, se ela parasse para pensar que nos hospitais, existe uma parcela
expressiva de profissionais de saúde que são homossexuais, que atendem, cuidam,
salvam vidas de muitas pessoas sem fazerem qualquer tipo de assepsia, é um dia
ela que não vota em gay poderia precisar de cuidados destes mesmos
profissionais, ou a sua própria vida poderia ser valva por um desses sujeitos.
Sem falar que existem profissionais, educadores homossexuais, que estão todos os
dias ensinando aos mais diversos alunos, inclusive quem sabe algum de seus
filhos, afilhados, parentes ou vizinhos.

Se há pessoas, milhares delas que não votaram em mim por eu ser gay,
imagina se elas aceitam que seus filhos possam assistir a uma aula de um
professor gay ou uma professora lésbica? Existem milhares de pessoas que não
querem o contato de seus filhos com professores homossexuais, muito menos que
seus próprios filhos tenham colegas de sala gays. Os alunos por ventura chegam à
sala de aula, instruídos inconscientemente com os preconceitos de seus pais, ou
do meio em que vivem. A pesquisa divulgada pela Unesco, em 2004, identifica que
40% dos adolescentes não gostaria de estudar com homossexuais, é um dado em que
não podemos deixar de enxergar. Além da problemática enfrentada do preconceito
existente entre aluno contra outro aluno por ser homossexual, temos que tratar
também de falar do preconceito que determinados professores tem com alunos que
são homossexuais, problema este também identificado na pesquisa da UNESCO,
retratando que, 60% dos professores não sabem lidar com a situação de ter um
aluno homossexual.

Não existe uma faculdade especifica para formação de docentes na área da
sexualidade, as pós, as especializações, os doutorados, são outros cenários, mas
o que existe de fato são as matérias transversais, dos parâmetros curriculares,
que não deram conta de transmitir até agora o que em 10 de dezembro de 1948, foi
assinado na Declaração Universal dos Direitos Humanos, no artigo II “Que toda
pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades, sem distinção de
qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião
política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento,
ou qualquer outra condição”. Uma pessoa que tem o seu direito privado de
sobrevivência em ser respeitado na sua diferença conhece a dor de ser
discriminado.

O movimento nacional LGBT (lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais),
reconhece através de seus estudos é esforços a grande discriminação que jovens
estudantes sentem nas escolas por serem homossexuais. Entendem que tanto
professores é alunos precisam de informação, necessitando de capacitação, para
desmistificar o preconceito existente a alunos LGBTs. As capacitações são
necessárias para que o aparelho escolar possa conviver pacificamente com uma
nova realidade em sala de aula, onde existem adolescentes travestis, meninas
lésbicas, rapazes gays e filhos de pais homossexuais. A Associação Brasileira de
Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais - ABGLT lançou neste ano de
2009, um desafio para as suas afiliadas nos estados, a estarem discutindo dentro
das suas programações anuais da diversidade, com a sociedade Por Uma Escola Sem
Homofobia. Uma campanha voltada no enfrentamento ao preconceito, arrolado nas
mais diversas proporções no ambiente escolar.

A ANTRA – Associação Nacional das Travestis, portadora de diversas
pesquisas realizadas nas Paradas do Orgulho LGBTs no Brasil, identificou que o
aluno que mais sofre com o preconceito na escola, é o estudante travesti ou a
transexual, pois é muito complicado para um professor saber lidar com um aluno
que num ano letivo se veste como Francisco, é no outro ano está vestido como
Fernanda. Para o professor é os outros estudantes isso causa sérios problemas,
desde qual será o banheiro que este aluno travesti poderá usar, ou o nome pelo
qual será chamado, se Francisco ou Fernanda?Uma escola sem homofobia é uma
escola onde verdadeiramente se preza pela igualdade de direitos.



* Estudante de Ciências Sociais, pai-de-santo, ex-candidato a vereador e militante em direitos humanos

FONTE:http://www.pagina20.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=8830&Itemid=35

Carta de Princípios do Coletivo Stonewall

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Carta de Princípios do Coletivo Stonewall



Curitiba, capital homofóbica. Apesar de toda a propaganda institucional que insiste em apresentar nossa cidade como um exemplo de inclusão, vivemos infelizmente numa sociedade das mais conservadoras de nosso pais. E pior qualquer mobilização ou pregação em contrário acaba se tornando "fútil" e infértil, uma vez que, na propaganda governamental, vivemos no "melhor possível dos mundos". É neste contexto que surge o Coletivo Stonewall, grupo independente de militância LGBT, que se propõe a articular ações de luta real junto a sociedade, combatendo a lesbofobia, homofobia, transfobia e o preconceito sexista em nível local e nacional.Os itens abaixo apresentados serão um guia resumido de nossa atuação como Coletivo:

1 -Movimento social só se faz pela Base. Por base, consideramos todos aqueles que se sentem vitimados pela violência lesbofóbica, homofóbica, transfóbica, machista ou sexista. Assim, consideramos igualmente valiosos os esforços e a participação honesta tanto de gays e lésbicas inclusos nas classes sociais mais altas, quanto de populações de alto risco social,como travestis e transexuais que são obrigadas(os) a sobreviver da prostituição, e inclui simpatizante que não pertençam ao segmento, mas desejem se somar conosco em nossa luta. Todas e todos serão bem-vindos, desde que se proponham a somar e militar conosco de forma responsável.

2 -Debater e dialogar sempre. Negociar quando possível. Enfrentar quando necessário. Para debater e negociar são necessários dois elementos: primeiro devemos reconhecer se a contraparte deseja ou tem interesse, em segundo analisarmos o que temos para colocar na "mesa de negociação". A nosso ver, o segmento LGBT não tem mais nada a oferecer como moeda-de-troca aos seus opositores a não ser seus direitos fundamentais, e estes são inegociáveis. Apresentaremos como opção ao chamado "advocacy", o enfrentamento real, utilizando de várias estratégias, de caráter direto, crítico, revindicatório e primando pela politização da base.

3 -Combater a profissionalização do movimento LGBT. O que faremos com os "militantes profissionais" quando a discriminação acabar em nosso país? Colocaremos a todos na rua? Não existe em nossa concepção, nenhum interesse do movimento institucionalizado em realmente conquistar avanços significativos para nosso segmento, uma vez que isto seria "péssimo para os negócios". A burocratização e a centralização governamental levam invariavelmente a criação de uma Industria da Discriminação. Assim, nosso Coletivo primará em continuar sendo sempre uma organização sem fins lucrativos e de caráter financeiro independente.

4 -Estimulo a democracia participativa . Ao contrário do discurso dominante, acreditamos que a participação do indivíduo no processo democrático se dá pela ação direta e não apenas pelo voto. O discurso "individualista" ocidental, ao pregar o "fim das ideologias" acaba por impor ao individuo a mais perversa delas: a idéia de que não cabe ao indivíduo e sim, paradoxalmente, ao Estado e às Instituições públicas e privadas a defesa dos direitos individuais, retirando do sujeito discriminado o seu direito mais importante, o seu protagonismo social. Assim, optamos por um modelo de miltância direta, no qual decidimos por votação, quando possível, as ações do coletivo, e quando não possível, concedendo autonomia e responsabilidades aos membros. Para nós, mais importante que um "frio voto" é a ação coletiva e individual, contanto que respeitando as directivas desta Carta de Princípios.

5- objetivo de todo movimento social é terminar. Nosso objetivo principal, conforme mencionado, é o de lutar pelos direitos da população LGBT a nível local e nacional, e não teremos mais razão de existir como movimento de base, quando tias objetivos forem alcançados. Quando não houver mais discriminação lesbofóbica, transfóbica, homofóbica ou sexista em nossa sociedade (e lutaremos para que seja o mais breve possível), o Coletivo deverá deixar de existir. Até lá, não descansaremos.

Portanto, nossas principais bandeiras serão:


1 – coletivo que discuta e encaminhe as lutas do movimento LGBTT

2 – coletivo que atue na base, fortalecendo o espaço e trazendo os ativistas para incorporar as discussões que o coletivo defende. Que as decisões sejam tomadas pela base do coletivo, pelas pessoas que o constroem.

3 – seja um coletivo independente do governo, de empresas, de grupos governistas que oprimem que reforçam a política de opressão.

4 – que tenha uma autonomia, sem financiamentos e patrocínios de setores ligados ao governo e as empresas.

5 – contra a mercantilização do movimento.

6 – unificar com setores que defendam as mesmas bandeiras e princípios do coletivo.

7 – contra os oligopólios da ongs.

Para o Coletivo Stonewall, mais importante que viver a diversidade, é viver a diversidade com responsabilidade, lutando como cidadãos conscientes e como protagonistas de nossa própria história, batalhando pela conquista e manutenção de nossos direitos

ILGA lança campanha pela retirada de trans do DSM

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

ILGA lança campanha pela retirada de trans do DSM
Campanha internacional pede o fim da classificação da transexualidade como doença



A ILGA (Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Intersexuais) iniciou essa semana uma campanha para acabar com a discriminação e estigmatização da população trans. O foco principal é a retirada da identidade trans do Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais (DMS), que é publicado anualmente pela Associação Americana de Psiquiatria, a mesma que considerava a homossexualidade uma doença.

A ideia da campanha é que na próxima edição do referido manual, que está previsto para 2012, deixe de considerar a transexualidade um transtorno mental, ou disforia de gênero. A chamada da campanha será "Parem com a patologização da transexualidade". Para ser mais fácil, seria algo do tipo: A transexualidade não é uma doença.

Além da reivindicação para que a transexualidade deixe de ser considerada doença, outras plataformas estão inclusas na campanha: a retirada da menção do sexo biiológico nos documentos; o fim dos tratamentos de normalização binária das pessoas intersex; o acesso livre aos tratamentos hormonais e as cirurgias de transgenitalização; fortalecer a luta contra a transfobia e propiciar a formação educativa e a inserção social das pessoas trans.

A cidade de Campinas (SP) está entre as localidades ao redor do mundo que participa da campanha. Além do interior de São Paulo, fazem parte da iniciativa: Barcelona, Madri, Bilbao, Donosti, Zaragoza, Granada, La Coruña (Espanha), Torino (Itália), Lisboa (Portugal), Paris, Lille, Marselha (França), Bruxelas (Bélgica), Quito (Equador) e Montreal (Canadá).

Está agendada uma manifestação mundial para o dia 12 de outubro.

Fonte:A Capa
http://www.acapa.com.br/site/noticia.asp?codigo=9068

Rozangela Justino tem razão?

terça-feira, 21 de julho de 2009

Hoje comemoramos 19 anos da retirada da homossexualidade do CID-10, Codigo Internacional de Doenças, construído pela Organização Mundial de Saúde. Mas indagamos se isto foi uma vitoria real para o movimento. Ate que ponto esse fato político condiz com a realidade concreta? Podemos mesmo considerar criminosa a tentativa de "curar gays"?



Para quem ainda não sabe, Rozangela Justino é uma psicóloga e militante evangélica que esta sendo processada no Conselho Federal de Psicologia (CFP), acusada de pregar a "reversão sexual", ou seja, tentar curar os homossexuais. O discurso apresentado pela psicóloga/ideóloga parece-nos ter comprovado que a comemoração da retirada da homossexualidade da lista internacional de doenças, não teve resultado na prática, ao basear-se em duas teses que para nós são incontestáveis:



Primeiro, ela apóia-se na idéia de que, mesmo que o processo de "reversão" da homossexualidade seja proibido, existem aqueles pacientes que denomina de "egodistônicos" ou seja, pessoas que não estão satisfeitas em (sic) "estar homossexuais" e por isso buscam ajuda profissional. É evidente que há um elevado número de pessoas que não estão felizes com a própria sexualidade,tanto héteros quanto homossexuais, assim como há aqueles que não estão satisfeitos com sua identidade de gênero, sua genitália, seu peso, o tamanho do nariz... Negar a estas pessoas o direito a felicidade, criando empecilhos a sua realização pessoal é um crime, independente da ideologia, religião ou filosofia que o agressor pretenda defender. O mais interessante é que, embora o CFP proíba a "cura" da homossexualidade, terá maior dificuldade ao fazer o mesmo em relação a tal "distonia", uma vez que a mesma consta oficialmente do Código Internacional de Doenças, mais exatamente na seção dedicada aos "Transtornos psicológicos e comportamentais associados ao desenvolvimento sexual e sua orientação":




"F.66.1- Orientação sexual egodistônica" -Não existe dúvida quanto
a identidade ou a preferência sexual (heterossexualidade, homossexualidade,
bissexualidade ou pré-púbere) mas o sujeito desejaria que isto ocorresse de
outra forma devido a transtornos psicológicos ou de comportamento associados a
esta identidade ou a esta preferência e pode buscar tratamento para
alterá-la
."[1]


Portanto, segundo a OMS, os profissionais que se propõe a atender egodistônicos não teriam o direito e sim o dever de praticá-lo.


Em segundo lugar, a doutora afirma estar simplesmente defendendo a ética profissional, ao não negar socorro aqueles que a procuram. Ora, sabemos o quanto isto está de acordo com a ética médica. Por esta lógica, deveríamos criticá-la caso deixasse de atender homossexuais em seu consultório. Segundo a Constituição Federal, todos temos garantido o direito a um tratamento médico, de forma humanizada, indiferente de raça, religião, classe social, orientação social ou identidade de gênero. É uma pena que ninguém ainda tenha pedido auxilio na "reversão" da própria heterossexualidade. Talvez isto levasse a Drª Rosangela a mudar seu ponto-de-vista.
Longe de apresentar uma apologia à charlatã que infelizmente poderá ser absolvida no processo junto ao CFP, temos a intenção de trazer um debate mais aprofundado sobre o assunto e convidar o segmento LGBT a repensar suas prioridades. Infelizmente, vivemos numa sociedade que tende a encarar os seus problemas a partir de uma lógica personalista. O brasileiro médio tem o costume de criticar pessoas ao invés de idéias. Ao atacarmos, com razão, pessoas como Rozangela Justino, acabamos nos esquecendo de toda uma série de teorias que lhes dão sustentação. Colocamos sem perceber uma "cortina de fumaça" sobre todo um discurso cientificista, a serviço da estigmatização e do controle social dos corpos, sexualidades e subjetividades.


A homossexualidade fora retirada no dia 17 de maio de 1990 do código f.65 do CID-10 que reza sobre os chamados Transtornos de Preferência (opção?) Sexual, conforme mencionamos no inicio do artigo. Ora, o que reza o CID-10, em relação as sexualidades humanas e suas identidades de gênero?Em nossa concepção se propõe unicamente a apresentar as modalidades de "desejos sexuais não-usuais", por isso, "patológicos", incluindo o Transexualismo, Travestismo bivalente. Trastorno de identidade sexual na infância (f.64) Fetichismo, travestismo fetichista, Exibicionismo, Voyerismo, Pedofilia, Sadomasoquismo, Trastornos múltiplos de preferência sexual (F.65), Transtorno de maturação sexual, Orientação sexual egodistônica, Transtorno de relacionamento sexual. Além disto há, nas 3 seções, um espaço reservado para os "transtornos desconhecidos e não-específicados" o que permite ao profissional incluir qualquer coisa que sua imaginação possa conceber.


Assim, o tal código apresenta como patologia a transexualidade, o travestismo, o sadomasoquismo, comparando-os à pedofilia, necrofilia, zoofilia ou qualquer outra "parafilia" se Em suma, o tal código defende a idéia de que qualquer modalidade sexual que não se enquadre no modelo apregoado pela moral judaico-cristã ocidental deve ser considerada doentia, e como tal deve ser tratada e combatida. Da forma como está formulado não passa de ideologia moralizante. E o mais preocupante, ao buscar o controle das variantes da sexualidade humana, acaba por justificar, via patologização, crimes como a pedofilia acima mencionado. Na prática, o tratamento desumano dedicado aos homossexuais pela Drª Justino é o mesmo reservado descaradamente a fetichistas, travestis, transexuais, sadomasoquistas , e outras formas de "distúrbio psicológico" pelo discurso médico em voga, a saber; a patologização, a estigmatização, a desumanização.



Será que apenas os homossexuais e não os demais grupos do segmento LGBT conseguiram perceber os perigos da patologização? Não seria mais produtivo para o movimento LGBT que, ao invés de atacar pessoas, se opusesse ferozmente contra as idéias que as mesmas dizem defender? Como rebater as criticas moralistas de nossos opositores, uma vez que a medicina oficializa a comparação entre os chamados "distúrbios sexuais" e atos criminosos? Não seria mais coerente postularmos a retirada de TODO O CONTEÚDO dos códigos f.64, f.65 e f.66; libertando as pessoas das cadeias de um discurso pseudo-científico opressor, e permitindo que, enfim, tenham acesso livre ao uso dos próprios corpos e intimidades?



Por fim, observamos que longe de defender as atitudes criminosas de indivíduos que escondem sua prática discriminatória sob um discurso cientifico, precisamos, como defensores da diversidade sexual e de identidades de gênero, apresentarmos uma auto-critica. É preciso que deixemos de lado o senso-comum, paremos de criticar pessoas e ao contrario, denunciemos discursos homofóbicos, transfóbicos, machistas e sexistas, apresentados sob um verniz acadêmico, e assim, abrir caminho para uma sociedade senão mais respeitosa e plural, ao menos mais tolerante.


Coletivo Sonewall



[1] Fonte:http://www.fau.com.br/cid/webhelp/f66.htm

PAQUISTÃO: Transexuais e Travestis ganham benefícios iguais

sexta-feira, 17 de julho de 2009




"A Suprema Corte paquistanesa ordenou que transexuais e travestis, sendo cidadãos paquistaneses, devem poder beneficiar dos suportes financeiros, como o Benazir Income Support Programme (BISP), estatais e provinciais como qualquer outra pessoa."São cidadãos do Paquistão e gozam da mesma protecção garantida nos Artºs 4º (direitos dos indivíduos perante a lei) e 9º (segurança pessoal) da constituição", decidiram na Terça-feira os juízes Iftikhar Muhammad Chaudhry, Muhammad Sair Ali e Jawwad S Khawaja.

Foi dada assim providência a uma petição destinada a emancipar os homens efeminados ostracizados pela sociedade sem terem culpa.

O jurista islâmico Dr Mohammad Aslam Khaki descobriu numa busca que são o segmento social mais oprimido e sem direitos e sujeito às maiores
humilhações e provocações, e no seguimento fez a petição para o bem-estar desta população, condenada pela sociedade a viver como pedintes, dançarinos ou na prostituição.

O colectivo de juízes também pediu que se contacte ONGs que trabalhem junto deste segmento populacional para que desenvolvam programas destinados ao seu desenvolvimento e bem-estar.

Para protecção de agressores foi ordenado aos agentes da polícia que
providenciem segurança para que os seus direitos não sejam violados, bem como às chefias policiais que actuem contra agentes que os assediem.

O colectivo ressalvou que como muçulmanos e seres humanos,
os pais destas pessoas deviam cuidar delas sem discriminações, mas que
infelizmente as expulsam para as ruas para sofrerem a suas vidas. Foi também expressa surpresa que nos bilhetes de identidade esteja a foto de uma mulher e no género o reconhecimento como homem. "



http://portugalgay.pt/news/Y160709B/PAQUISTÃO:_Transexuais_e_Travestis_ganham_benefícios_iguais



Comentários: Apesar de definição de "homens afeminados" não estar de acordo com a universalmente aceita. As transexuais ao menos pleiteiam a condição feminina, ao menos as autoridades paquistanesas- pais de maioria islamica, contêm ressaltar perceberam o grave problema social e começaram a tomar providências.Enquanto isso, na "Catolicolândia"...

Para melhor compreender a situação desta parte da população, apresentamos a seguir, importante matéria extraida do site da Abril:

http://www.abril.com.br/noticias/comportamento/transexuais-travestis-eunucos-buscam-espaco-paquistao-256663.shtml


Transexuais, travestis e eunucos buscam espaço no
Paquistão

"Igor G. Barbero.
Islamabad, 2 fev (EFE).-

Os transexuais, eunucos e travestis lutam para ocupar seu espaço histórico no Paquistão, apesar das frequentes agressões e discriminações que sofrem no país islâmico, como a recente detenção e tortura de cinco pessoas.

Em 23 de janeiro, cinco "hijra" - nome usado para denominar o grupo do "terceiro sexo" - foram detidos pela Polícia quando voltavam para casa na localidade de Taxila, próxima a Islamabad, após terem feito uma apresentação de dança.

"Foram detidos e bateram muito neles. Só por serem transexuais", lamentou à Agência Efe Miss Bobby, um popular hijra da cidade de Rawalpindi que preside a Associação pelos Direitos dos Transexuais do Paquistão.

"Convocamos protestos em Rawalpindi que foram apoiados por centenas de pessoas", disse Bobby, que comemorou por ter forçado o Governo provincial do Punjab a suspender os três oficiais da Polícia que cometeram a agressão.

Os hijra paquistaneses ainda têm um longo caminho pela frente em um país conservador país que não tem legislação sobre a mudança de sexo, e onde a comunidade transexual gera receio entre os "guardiães da moral".

Segundo alguns especialistas, as origens deste grupo se remontam ao Império Mogol, e seus antecedentes são os homens castrados ou eunucos que custodiavam os haréns dos imperadores.

Os hijra são tanto homens que decidem se castrar e agir como mulheres quanto transexuais convencionais, e também há casos de pessoas que têm desordens genéticas e nascem com órgãos genitais mistos.

Excluídos do mercado de trabalho devido a sua identidade sexual e alvo fácil de doenças venéreas como a aids, algumas fontes do grupo afirmam que o terceiro sexo é formado por aproximadamente 1 milhão de pessoas no Paquistão, com comunidades numerosas em grandes cidades como Karachi e Lahore.

"Os hijra não são um mistério no Paquistão, mas é frequente encontrá-los pelos núcleos urbanos protagonizando um comportamento chamativo e provocativo, que desperta sentimentos de rejeição, lástima ou aceitação", disse à Efe uma feminista.

"Infelizmente, não têm, por norma geral, trabalhos decentes. Ninguém presta muita atenção a eles e sofrem isolamento e discriminação", disse à Efe a presidente da Comissão de Direitos Humanos do Paquistão, Asma Jahangir.

Para se sustentar, pedem dinheiro em semáforos ou bazares, onde recebem gorjetas devido ao temor de que possam jogar mau-olhado, ou vão a casamentos e batizados, onde servem de entretenimento aos convidados que não podem pagar "verdadeiras" dançarinas. Finalmente, "muitos terminam no mundo da prostituição" como única alternativa para sobreviver, disse Jahangir.

"A maioria é muito pobre e não tem dinheiro nem para pagar a casa e a comida", disse Miss Bobby, que aos 17 anos saiu de casa, rompeu qualquer relação com a família e se manteve graças às atuações artísticas.

"As pessoas gritam conosco, não acham que somos seres humanos. No hospital, riem de nós. A Polícia comete abusos sexuais e nos agride. Da família até as pessoas na rua, passando pelos vizinhos, nenhum ambiente nos é favorável", disse Miss Bobby. Segundo o transexual, "apesar das muitas dificuldades, tudo é possível no Paquistão. Mas de maneira oculta".

"Enfrentamos muitos problemas, mas amamos nosso país, queremos melhorá-lo. Somos também muçulmanos. Quem diz que não podemos ser? E rezamos muito a Deus. Tomara que o Governo nos reconheça algum dia como uma minoria especial, como são, por exemplo, os cristãos, e nos trate como merecemos", concluiu.

EFE

Onde Estão Os Gays Radicais?

segunda-feira, 13 de julho de 2009


(por Ricardo Rocha Aguieiras)
Para o site AthosGLS:
FONTE:http://www.athosgls.com.br/comportamento_visualiza.php


***


Onde Estão Os Gays Radicais?

"ra.di.cal
adj. m. e f. 1. Relativo à raiz. 2.
Fundamental, essencial. 3. Que pretende reformas absolutas em política. 4. Que
prega o radicalismo ou age com radicalismo; extremista. S. m. 1. Gram. A parte
invariável de uma palavra. 2. Mat. Sinal que se coloca antes das quantidades a
que se deve extrair alguma raiz" (Dicionário UOL)

O Radicalismo no sentido filosófico pode ser definido como uma política doutrinária reformista que prega o uso das ações extremas para gerar a transformação completa e imediata das organizações sociais.
O RADICALISMO propriamente dito é uma variante do Liberalismo que prega o reformismo de choque e a revolução social. Foi uma força política importante da esquerda Européia no século xix


"Não há perigo para um homem que sabe o que a
morte e a vida significam." - (Shelley)

“Sejamos Realistas! Peçamos o impossível!”( maio/68, muros de Sorbonne, Paris)


Minha forma de amar é radical. Sou passional e não gosto de meio-termo.
Quem lê essa primeira frase acima, pensa que sou eu quem a falou. Ou que estamos falando apenas do amor sensual entre duas pessoas. Bem, essa frase eu ouvi na USP, nos anos ’70, em plena ditadura militar, de uma amiga, tão menina ainda, que veio a morrer depois, na tortura. De certa maneira essa frase norteou boa parte da minha vida. Ela me remetia à definição de entrega que penso que devemos ter perante a vida. Quem cresceu no moralismo dos anos 50 e desde a adolescência se deparou com a contra-cultura, entenderá melhor isso. Da rebeldia sem causa à rebeldia com uma causa louca havia um grande espaço e a gente navegava entre eles e, ao contrário do que possam imaginar perante a repressão dos militares, perante o medo de sermos o próximo a sumir e perante a censura, éramos felizes, carregados de sonhos e utopias, talvez por termos um inimigo comum, só um, mas muito forte e poderoso. Era então muito fácil sonhar e unir forças, brincar com as utopias... mas isso é passado, não é?

Todos concordam que o mundo está diante de uma onda conservadora, que um dia viria, mas que pensávamos que podia ser mais adiante um pouco., um pouquinho mais. É, agora temos que contar com mais essa. Nunca vi tanto ódio como na Internet, agora. A informática inaugurou uma nova era que ainda está no começo. Trouxe um monte de coisas boas, um monte mesmo. Mas trouxe também a possibilidade de navegar anonimamente, criar nicks falsos e covardemente, impunemente atacar o próximo, segmentos, grupos ou orientação sexual. Atacar o que difere. É um território do amor e é um território do terror: voltaram as já velhas e tão conhecidas teorias nazistas, fundamentalistas e o fanatismo. Voltou o machismo e as ideologias alienantes, tudo com uma força tão grande que eu, outro dia estava refletindo se a minha felicidade individual não era maior naqueles anos de chumbo. Reconheço as enormes conquistas que a militância e o Movimento Homossexual Brasileiro trouxe, como, e principalmente, a visibilidade. Mas reconheço também que nunca valeu tanto aquele ditado:“Nunca despreze a força do inimigo”.

Quem passeia pela Internet, entra em salas de bate papo, em serviços de comunidades como o Orkut ou em de diversão e conhecimentos como o Yahoo Respostas, basta uma hora para entrar em depressão profunda, “depressão cava”, como falava nosso grande Nélson Rodrigues. O ódio está generalizado e generalizante. E nada como o amor radical para combater o ódio. Não somos vilipendiados apenas quando somos agredidos fisicamente, mas também quando ferem a nossa alma, nossos conceitos e negam virtualmente nossa existência. Hoje, o Espaço Virtual tomou tal importância – e os obscurantistas sabem disso melhor que ninguém – que ainda não sabemos quais serão os efeitos psicológicos, pessoais e sociais de tanto ataque na Internet, ataques em cima de tudo o que difere.


Então eu pergunto: Onde estão os Gays Radicais? Eu procuro, procuro e não os vejo. Então vou fazer deste artigo que escrevo uma brincadeira. Lembrem-se sempre antes, é uma brincadeira para ajudar a gente à reflexão, não estou propondo – ainda, risos – nada ilegal, espero...

É justo as pessoas e toda a sociedade, mídia etc. sempre partir do pressuposto de que somos todos heterossexuais? Cada ficha de financeiras, empregos, concursos públicos ou até assinatura de revistas tem lá um fatídico campo que me irrita: São aqueles quadradinhos que a gente tem que marcar com um “X” no “casado”; “solteiro”; “viúvo”; “divorciado”. Eu fico olhando o papel e me perguntando “como? Se o casamento entre homossexuais ainda não foi aprovado no Brasil?” Próximo ao Dia dos Namorados (olha o machismo e a heteronormalidade se impondo, não há “Dia das Namoradas...) , as vitrines ficam cheias de ofertas e arrumadas com manequins: um representando o namorado e outro representando a namorada. Não colocam dois bonecos juntos para vender roupa nem duas bonecas juntas, de mãos dadas.

Portanto, pensam que todo o mundo é heterossexual. Um gay radical pegaria um tijolo e mandaria ver naquela vitrine e depois pernas pra que te quero... E o repórter da televisão não merecia uma radical tomatada na cara quando, ao fazer uma matéria sobre “Possibilidades de emprego para a juventude” já vai perguntando ao garoto estudante de fim de secundário se ele tem namorada? Quantas situações semelhantes você e eu já não vivenciamos e continuamos vivenciando? No dia-a-dia, somos todos e todas heterossexuais. Até prova em contrário. Ou seja, temos que provar que NÃO somos, todos e todas, heterossexuais e, além disso, depois dessa prova temos ainda que lutar por alguns direitos básicos sempre esquecidos quando se trata de homossexualidade. Se nada disso funcionar, volto aí em cima: pernas pra que te quero!

Os Gays Radicais poderiam, por exemplo, seqüestrar o pastor ou padre homofóbico, em todo bairro tem uns dois ou três, e exigirem como resgate que os fiéis e a igreja deles fizessem durante três horas(três horas já estava bom!) leituras de poesias de autores reconhecidamente gays. Não seria legal? Enquanto ocorriam as negociações, usaríamos a mídia como chamariz para denunciar os maus - tratos a que somos diariamente submetidos só por que amamos diferente do que consideram como certo.

Nadinha de beijaços na frente do bar ou do restaurante que nos agrediu impedindo o nosso afeto. O gay radical poderá conseguir umas boas e gordas ratazanas vivas, em qualquer esgoto de Sampa tem um monte e só uma dúzia resolve e levar as roedoras obesas para alegrar a noite de sábado do mesmo, quando estiver cheio e lucrando. Para os/as radicais que têm medo de rato, pode-se usar com a mesmíssima eficiência umas duzentas representantes simpáticas insetas ortópteras da família dos Blatídeos, vulgarmente conhecida como Ba-ra-ta!Te garanto que, depois dessa, o dono do restaurante vai pensar dez vezes antes de externar gratuitamente os seus preconceitos e o seu ódio. À noite, já que a noite sempre foi amiga dos revolucionários e dos radicais, poderíamos sair pichando os muros: “Pela Liberdade Homossexual” ou “ Pela aprovação da Lei 122/2006” ou ainda: “Mães e Pais: não criem filhos homofóbicos!”...

Muitas vezes fico perplexo com o “bom mocismo” de uma parcela da militância gay. Em nome de uma “não-violência” chegam até a criticar os que agem em legítima defesa. Ou seja, melhor seria morrer do que partir para o contra-ataque? Radical também quer dizer fundamental... essencial. Ou uma greve de fome, quando leis em nosso favor forem negadas no Senado. Se acorrentar num poste da av. Paulista, engolir a chave e só sair de lá se for assinado um comprometimento pelas polícias de que todos os crimes de neonazistas e homofóbicos sejam solucionados, não apenas menos de 10 por cento. Além das tijoladas na vitrine, boicote total às lojas e marcas que mantém funcionários e atendimentos discriminatórios.

Exigir dos deputados aprovação de leis que cobrem das igrejas os mesmos impostos cobrados ao comércio. E beijaço é na frente das igrejas, mais eficiente. Igualmente, distribuir camisinhas na porta de igrejas chiques, como a Nossa Senhora do Brasil, nos Jardins, Sampa, em dia de casamento de filho de político, já que a Igreja Católica proíbe o uso da camisinha e assim contribui para a disseminação da Aids. Ações relâmpagos, como jantar num restaurante chique e levantar em determinado momento com um manifesto de protesto contra a homofobia, denúncia de crimes e assassinatos de homossexuais e pedindo pela aprovação de leis que nos protejam. Exigir explicações das polícias, urgente: por que batidas e mais batidas em saunas e boates gays, com a fragilíssima desculpa de “incentivo à prostituição”, indo direto nas delegacias, Ministério Público, Secretarias de Justiça e etc., afinal, por que saunas de heterossexuais e sabiamente locais de prostituição hétero são poupados? Depois, desculpem-me, mas a luta homossexual tem que ser uma luta de vanguarda, nunca de conformismo ou de adaptação.

Portanto, defender a prostituição como uma profissão teria que estar entre os nossos anseios, também. Faria diminuir o preconceito e sempre que isso ocorre provocam-se reações em cadeia fazendo bem a todos e todas. Se diminuirmos o racismo, por exemplo, pode crer que diminui também a homofobia. Se você abre o seu armário e sai dele está dando exemplo para que um monte faça o mesmo. Com a madeira dos armários construiríamos palcos para muito show de Drag. Tem que acabar esse papo de se dar caixinha ou suborno para policiais para um lugar gay sobreviver. Policiais têm que ganhar salários dignos e terem benefícios e segurança, mas esses devem vir legalmente, já pagamos impostos muito, muito altos justamente para isso.

A caixinha “por fora” e o suborno só contribuem para a corrupção e a permanência de uma situação “dominador versus dominado” que não é conveniente a ninguém e é uma armadilha: no dia em que faltar a grana, o simpático e sorridente policial que ia todo o mês lá, buscar o que considera seu, mas que não é, vira na hora mais um inimigo. E os nossos não são poucos, como podem ver. O empresário de estabelecimento gay e lésbico precisa deixar um pouco o seu egoísmo de lado e não visar apenas lucros rápidos, não se submeter a nenhum tipo de suborno ou achaque. E se algum lugar gay está sofrendo perseguição policial, isso é motivo de denúncia, não de silêncio. Silêncio e medo andam de mãos dadas e só favorecem o arbítrio. Sempre haverá um monte de desculpas para NÃO fazermos algo, não reagirmos. E, na análise histórica no futuro serão só isso: Desculpas.


Minissérie global Som & Fúria estreia ironizando preconceito contra homossexuais

quinta-feira, 9 de julho de 2009

(Por William Magalhães 8/7/2009, Site Acapa)

FONTE:http://www.acapa.com.br/site/noticia.asp?codigo=8700&target=_self&titulo=Miniss%E9rie+global+Som+%26+F%FAria+estreia+ironizando+preconceito+contra+homossexuais

Estreou ontem a festejada minissérie Som & Fúria, resultado de uma parceria da Globo com a produtora O2, de Fernando Meirelles. Com elenco de primeira, roteiro bem amarrado e câmaras ágeis, o capítulo inaugural surpreendeu e ironizou o preconceito contra homossexuais.

Oliver, o personagem de Pedro Paulo Rangel, é gay. Diretor consagrado de teatro entra em crise de identi/criatividade após sua sétima montagem de Shakeaspeare - a quarta de "Sonhos de uma noite de verão" - no Teatro Municipal de São Paulo. O ator, que dispensa apresentações, construiu um personagem bem humorado, sarcástico e doce ao mesmo tempo. É ele, ao lado de Felipe Camargo na pele de Dante Viana, que protagoniza a trama.

A saída do armário de Oliver acontece em momentos bem humorados, quando ele entra nos camarins para desejar "merda" aos integrantes da companhia. Primeiro vai ao quarto onde as atrizes se trocam. "Não precisam se cobrir, eu sou gay", já avisa de antemão. Quando chega a vez de visitar o espaço onde os atores se preparam ao entrar ele diz: "Não precisam se cobrir. Sou gay, mas sou velhinho."

Após a estreia de sua peça Oliver caminha errante pelo centro de São Paulo, quando é atropelado por um caminhão que transporta presunto (só para citar um exemplo de concretismo poético no roteiro). Dante, com quem Oliver acaba de retomar contato, vai visitar o amigo que não via desde que esqueceu as falas de Hamlet no início de uma temporada. É aí então que a história passa a deslanchar. Oliver volta "do além" para ajudar Dante na tarefa de liderar o grupo teatral. É como uma releitura às avessas da peça de Shakeaspeare em que o protagonista é assombrado pelo fantasma do pai.

A grande sátira contra o preconceito acontece no velório de Oliver, que recebe amigos prestando homenagens e até contando piadas no palco do Municipal. A pedido de Ricardo da Silva (Dan Stulbach), o publicitário charlatão responsável por angariar fundos para o grupo, a secretária Ana (Cecília Homem de Melo) vai em busca de um "padre, pastor, rabino, tanto faz" para "falar um pouco sobre Deus", no tributo ao diretor ateu.

O pastor surge então e começa errante o sermão. "Pediram pra eu falar algumas palavras reconfortantes sobre Deus. Mas conforto é algo que Deus reserva para aqueles que obedecem à sua vontade", afirma. "Tem um pastor lá na nossa igreja que costuma dizer que o velhinho lá de baixo, o satanás, não tem jeito mais rápido nem melhor pra atrair homens e mulheres pra armadilha da concupiscência e da luxúria imunda da prostituição, do que o teatro".

O comentário é recebido com espanto pela plateia, enquanto no palco ele continua, agora falando mal das atitudes "vis e antinaturais de depravação" dos gays. "Não sou contra os homossexuais. Odeio sim o que eles fazem porque está aqui na Bíblia, senhores. Quando um homem se deita com outro homem como se deita com uma mulher ambos estão cometendo uma abominação", continua. Ao perceberem a gafe, Ricardo e Ana pedem ao segurança Naum (Gero Camilo) tirar o pastor do palco e inventam um "princípio de incêndio", para os amigos de Oliver deixarem o local.
A série conta com nomes conhecidos como Andréa Beltrão, Daniel Oliveira, Regina Casé, Rodrigo Santoro e Paulo Betti ao lado de novos talentos como Maria Flor e Juliano Cazarré. A direção geral é do próprio Meirelles, que assina três dos doze episódios da série. Se der mais que 20 pontos no Ibope pode ser que a trama ganhe uma segunda temporada no próximo ano. Sinal de que há algo de bom no reino da teledramaturgia?

Aqui vai a cena pra quem ainda não assistiu, é hilária vale a pena.

Julio Severo admite: Sodomia não é "homossexualismo".


Entre uma abobrinha e outra, os "literalistas" acabam se entregando. Pois bem, num arroubo de
honestidade intelectual (simples ato-falho?) parece que o dignissimo homofólogo Julio Severo acabou se contradizendo:


"Aliás, a sodomia, que é condenada na Bíblia, é mencionada em dicionários especializados não como exclusivamente uma relação anal de homossexuais, mas também de casais normais.


Veja:

"Sodomia (palavra originária das inclinações homossexuais dos homens da cidade de Sodoma, em Gênesis 19:1-11): 1. Cópula com uma pessoa do mesmo sexo ou com um animal. 2. Cópula sem coito, principalmente anal ou oral, com uma pessoa do sexo oposto.

(Webster’s Ninth New Collegiate Dictionary, edição de 1984.)"


Ora, se o proprio Julio Severo admite que existem outros significados para a tal "sodomia" por que continua a chamar o segmento LGBT de "sodomitas? Qual o critério para a análise hermenêtica? Seria o critério da conveniência?


Acaso não seria, de acordo com os três diferentes conceitos apresentados pelo Diciónário Webster, e vinculado no site deste ilustre "guerreiro da fé", apenas uma relação sexual sem objetivos procriativos?


Humor: "Foda-se à Homofobia!!!"

segunda-feira, 29 de junho de 2009


Para comemorar 40 anos de Stonewall, Brasil lança versão da música "Fuck You"

Em comemoração ao grande marco das lutas dos homossexuais por direitos civis, o blog Stonewall (www.blogstonewall.blogspot.com) lança hoje a versão brasileira do clip "Fuck you", da cantora Lilly Allen. Pessoas de diversas cidades brasileiras enviaram vídeos para participarem da mensagem anti-homofóbica. O resultado final foi editado pela designer Mariana Velasco.

A idéia da campanha é divulgar um vídeo divertido e descontraído, que mostre que homofobia é uma postura retrógrada e que é necessário um posicionamento firme da sociedade para combater essa forma de preconceito. Não aceitar discriminação é dizer um "Foda-se" às pessoas que insistem em promover a segregação e em desrespeitar o segmento LGBT.

O vídeo é uma resposta a versões estrangeiras do clip da cantora.Em maio deste ano, o norte-americano Steviebeebishop, usuário do youtube postou a primeira versão e duas semanas depois, surgiu a versão francesa, organizada pelo site francês GayClic. O vídeo foi lançado na véspera do Dia da Luta Mundial Contra a Homofobia, Na comunidade Homofobia Já Era, no Orkut, foi lançada a idéia de fazermos a versão brasileira e, para tanto, foi criado o blog Stonewall.Esta é a primeira ação anti-homofobia de várias que se pretende realizar. A idéia é articular política e entretenimento. O blog Stonewall estará sempre aberto para trocarmos idéias de como combater a homofobia.

Eis o video:





ERRATA

sexta-feira, 26 de junho de 2009

O autor do texto que utilizamos como base argumentativa em http://coletivostonewall.blogspot.com/2009/06/plc-122-por-decreto-presidencial.html,ao contrario do que foi publicado chama-se Daniel Rodrigues, e é Bibliotecário da UFOP de Belo Horizonte.

Assim, incluímos o nome do autor como um adendo, e parabenizamo-lo novamente pela perpicácia.

20//06: Manifestantes protestam contra homofobia no centro de São Paulo

segunda-feira, 22 de junho de 2009


Manifestantes protestam contra homofobia no centro de São Paulo
(Por Hélio Filho)

Cerca de 25 entidades de defesa da cidadania LGBT realizaram na noite do último sábado, na Avenida Vieira de Carvalho, no centro de São Paulo, um ato público para protestar contra os casos de violência homofóbica ocorridos no fim da 13ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, no último dia 14. O objetivo era ainda pedir providências dos órgãos públicos na apuração dos fatos e prisão e julgamento dos culpados, além de uma capacitação dos policiais para atuar corretamente na segurança da Parada.O ato começou por volta das 19h20 e reuniu cerca de 250 pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar (PM). Munidos de faixas, bandeiras do movimento LGBT e apitos, os manifestantes se reuniram na esquina da Vieira de Carvalho com a Praça da República e discursaram no microfone pedindo mais proteção para a população homossexual. Uma das duas vias da avenida foi fechada pelos guardas de trânsito para que os participantes caminhassem até a frente do prédio de onde foi jogada uma bomba na noite de 14 de junho.


O protesto contou com o apoio da PM, que policiou a área com pelo menos 10 viaturas, e com a presença do secretário de Justiça e Segurança Pública do Estado de São Paulo, Luiz Antonio Marrey. Em entrevista antes de discursar, o secretário afirmou que estava ali “para reforçar nosso repúdio contra esses atos homofóbicos”. Além disso, ele disse que essas manifestações homofóbicas devem sim ser investigadas e reforçou que reconhece a importância e é a favor da aprovação do PLC 122/06, que criminaliza a homofobia no Brasil.


O protesto não tinha o objetivo de ser longo e terminou por volta das 20h em clima de recado dado. Meia-hora depois, a polícia liberou a via e as pessoas se dispersaram. Mas não acaba aí, no próximo dia 28, Dia Mundial do Orgulho, o Largo do Arouche, centro paulistano, recebe outro protesto contra a violência contra homossexuais e pela aprovação do PLC 122/06. O ato começa a partir das 13h e é uma iniciativa da Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas).